Shinegow - A Ilusão
Iris Alfarra
Nascida a 30 de Abril de 1993, Iris Palmeirim de Alfarra foi cedo para Paris onde viveu até completar 6 anos. De regresso a Portugal, viveu 8 anos em Braga onde se foi desenvolvendo transbordante de imaginação e apaixonada por aventuras e animais. Aos 15 anos começou a escrever, sentindo que esta era a “porta de saída” para a sua imaginação e criatividade. Já no Algarve, onde vive atualmente, Iris concluiu uma nova aventura ao realizar esta obra.
"Neste segundo livro da saga Shinegow as três irmãs Jinny, Destiny e Melanie passam por enorme sufoco por não conseguirem encontrar o caminho de regresso a Shinegow, o mundo que tinham descoberto recentemente. A desilusão de terem sido traídas pela sua meia-irmã, Hayley, era devastadora, pois esta tornara-se numa inimiga que jamais imaginariam ter.
A rapariga mandara os três cavaleiros, os melhores amigos das irmãs, para um mundo cruel, mergulhado em sofrimento e dor, em contrapartida Jinny, Destiny e Melanie tinham sido enviadas de volta a São Francisco, o mundo onde tinham crescido. De volta à Califórnia, as três começam a questionar-se acerca de Shinegow. Seria possível terem realmente entrado num mundo paralelo? Seria Shinegow real? Não passaria tudo de um sonho? Destiny e Melanie acabam por desistir da ideia de voltar a Shinegow, e esforçam-se por retomar as suas vidas na Califórnia, mas Jinny nunca desiste, e é no seu desespero de voltar que, inesperadamente, encontra alguém que as ajuda a regressar.
No entanto, o mundo que esperavam não é o mesmo...
"Esta saga para além de estar repleta de magia e de aventura traz consigo mensagens que eu gostaria de transmitir ao mundo, mensagens às quais muitos de nós deveríamos dar mais importância."
Iris Alfarra
Iris Alfarra
Prefácio por: Nuno Markl
Quando eu penso no que raio estava a fazer aos 14 anos de idade, a conclusão a que chego é a seguinte: nada de especial.
Na altura, parecia-me fundamental - estamos a falar de experiências tais como desenrolar um novelo de lã com uma caixa vazia de queijo Camembert na ponta, desde um 5º andar de um prédio em Benfica, só para ver se alguém, lá em baixo, na rua, tentava puxar a caixa. Isto parecia-me material vencedor.
Não era.
Aos 14 anos, a Íris, autora da obra que seguram nas vossas mãos, meteu na cabeça que ia escrever um livro. E não de uma forma leviana: estamos a falar de um projeto a sério, para o futuro.
Não só para ela, mas para o mundo. A prova da raridade deste empenho está no facto das outras três co-autoras terem, a dada altura, desistido. A Íris, primeira heroína de aventuras destemidas, antes dos heróis que criou na sua saga, abalançou-se, decidida, a trabalhar no duro para conseguir qualquer coisa. O que não é exatamente deste tempo, em que parte considerável das pessoas da idade dela buscam - e algumas até conseguem - sucesso instantâneo. Sensivelmente com o mesmo tempo de
duração de uma pastilha elástica, mas instantâneo.
Ela percebeu que talvez houvesse mais na vida do que isso. Criou uma história, personagens - caramba, ela criou uma mitologia. E com a convicção de quem já viveu muito mais do que os seus atuais 21 anos. Ela não está aqui para brincadeiras. Ou por outra, está - porque o livro é incrivelmente divertido, deu-lhe claramente grande gozo a escrever e, vai-se a ver, um dia ainda acaba comprado por Hollywood e transformado em filme, série de televisão, videojogo. Mas ela leva a sério esse tão nobre gozo de contar uma história. Que o consiga fazer enquanto acumula outras Íris para além da Íris escritora - há a Íris estudante e a Íris bombeira voluntária - ainda torna a coisa mais digna de respeito. E de inveja.
Aos 21 anos, a idade com que o lançamento deste livro encontra a Íris, eu estava na sala de estar da casa da minha mãe, a ver um filme enquanto a minha progenitora procedia a arrumações. Entre as coisas que ela retirava de um armário estava um brinquedo meu dos tempos de infância. Uma roca com uma poderosa ventosa numa das extremidades, daquelas que se estampa numa mesa para o bebé brincar alegremente com ela sem a deitar ao chão. Fora um dos meus primeiros brinquedos, nos anos 70, e ali estava eu, nos anos 90, 21 anos de idade, prestes a começar a minha atividade profissional, a olhar para ele. A pegar nele.
E, distraidamente, enquanto via o filme, a estampar a ventosa do brinquedo na minha própria testa. E a não conseguir arrancar aquilo da cabeça durante uma boa hora seguida.
E a ficar com uma marca redonda roxa, gigante, no meio da testa, quando, finalmente, consegui descolar a ventosa da minha própria cabeça.
Raça da miúda! "
Nuno Markl
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