Lara Christensen, uma das mais jovens autoras do Fantástico em Portugal!

Na mais recente edição do Área Oeste, uma entrevista a não perder a Lara Christensen. Uma autora caldense que apesar de muito jovem revela um impressionante talento para a escrita criativa.

Conheça melhor Lara Christensen através da sua página no facebook: https://www.facebook.com/Luta-Contra-O-Renascimento-562255987272464/






Lara Christensen gosta de escrever. Ao escrever encontra a sua liberdade e a sua forma de expressão, coisas sem as quais não pode viver. Começou o seu percurso literário na poesia, sem nunca esperar que, um dia, viesse a escrever uma obra em prosa, dado que se entedia muito facilmente com os seus projetos. Começou a escrever o primeiro volume da saga A Luta Contra O Renascimento em 2011 quando ainda estudava no ensino básico e, neste momento, está a escrever o terceiro livro da série.

Considera-se “poetisa” em primeiro lugar, “leitora” em segundo e só depois “escritora”. É uma entusiasta assumida por história, literatura e mitologia céltica. Acredita que as pessoas são como são por um motivo – e esta sua tese é amplamente explorada em LCOR. Nesta sua primeira obra, decide unir o mundo sobrenatural ao universo adolescente e à psicologia humana, que é a chave para a compreensão de alguns dos mistérios da sua saga.


Entrevista:






Bee Dynamic Books – O que a levou a escrever um livro? 

O livro surgiu numa altura difícil da minha vida, em que eu tinha de enfrentar muitas mudanças – nomeadamente a mudança de uma escola para outra, completamente sozinha – e apareceu-me como um amigo, uma companhia, nessa fase tão complicada. Encontrei em Great Falls o meu lugar de refúgio nos dias mais cinzentos, um local de esperança onde não me sentia tão só. 


Lara Chistensen – Revê-se em algumas das suas personagens? Quais e porquê? 


Todas as personagens têm alguma coisa minha. Penso que a Nina é o meu espelho e foi quem herdou mais caraterísticas minhas, como a tenacidade, a impulsividade, a sensibilidade e o meu forte sentido de justiça. Sinto que a minha protagonista reflete um pouco a pessoa que fui quando comecei a escrever o livro, não quem sou neste momento. Contudo, não posso deixar de me identificar com ela em muitas circunstâncias, como é óbvio. Revejo-me no Sam na medida em que ambos sentimos demasiado as coisas e somos um pouco presos ao passado, o que nos impede de avançar no futuro. Também vejo nele o sentido de lealdade que tanto valorizo, caraterística que ele partilha com o Ryder e com a restante alcateia, e a forma como somos vistos pelos outros. 

BDB – Qual é o seu capitulo preferido? 

LC- Tenho três até ao momento e nenhum deles é do primeiro livro, para ser franca. Se tivesse de escolher um do primeiro livro, provavelmente seria o capítulo VI em que todos eles vão em visita de estudo ao Parque Nacional de Yellowstone. É um capítulo divertidíssimo que tem um pouco de tudo: drama, romance, comédia… exatamente o que se procura num capítulo, acho. 



BDB Que mensagem pretende passar para o público? 

LC- A mensagem que pretendo passar para os meus leitores é, exatamente, a da luta contra o renascimento. Nós todos lutamos contra alguma coisa que nos tornou quem nós somos e que representa um obstáculo real à nossa felicidade e ao nosso futuro. No caso da Nina, é bastante explícito e até está representado na capa do livro: a insegurança que ela sente, não só em relação à forma como ela se vê e se sente, como no seu relacionamento com o Sam. Ela é insegura e esse será o condicionalismo com que ela se irá deparar e contra o qual terá de lutar ao longo dos sete livros. O renascimento implica um voltar atrás, um retrocesso. E as minhas personagens têm de lutar contra esses obstáculos para não voltar atrás e serem felizes. 

BDB– Tendo em conta que a Lara é uma jovem autora, acha que consegue passar o gosto pela escrita a jovens da sua idade? 

Não faço ideia, mas tento fazer por isso. Tento motivá-los a ler, porque ler é importante para adquirir cultura e para nos transportar a outros mundos vizinhos de Great Falls e tento promover a leitura de clássicos como Shakespeare, Brontë, Pessoa, Plath… especialmente poesia. Falo com quem posso para divulgar a plataforma Wattpad, que é uma rede social destinada à escrita e leitura de obras escritas por membros do site de todas as partes do mundo e tento explicar-lhes a importância da escrita nos dias de hoje, contando-lhes o porquê de gostar de escrever e de como não podem desistir de se autoaperfeiçoar e de continuar a trabalhar, porque o dom da escrita é um bem que deve ser preservado e incentivado e que realmente nos transforma como pessoas. 


BDB – Se o seu livro desse um filme, que atores e atrizes gostaria de ver nos principais papéis? 

LC- Ninguém. O meu livro nunca poderia ser um filme, porque acredito que só o Ryder Rockwood conseguirá interpretar com distinção o Ryder Rockwood e ser fiel ao livro ao mesmo tempo e penso que nunca haverá nenhuma atriz que conseguirá transmitir para a grande tela toda a dimensão da sensibilidade da Nina. Ao nível das personagens principais, estou tão fixada na visão que tenho deles e na autenticidade que quero transmitir aos meus leitores que não consigo imaginar mais ninguém no papel deles… senão eles próprios. 



BDB – Próximos projetos, existem? Quer falar um pouco deles? 

LC- Para já, quero acabar a Luta Contra O Renascimento. Estou a escrever o quarto livro neste instante e faltam-me mais três para além deste. 
Para além de pretender acabar a saga, tenho alguns projetos na minha gaveta, nomeadamente um romance inspirado em factos reais que abordará temas como amor platónico, o bullying, transtornos psiquiátricos e a evolução pessoal ao longo do tempo, – que integra elementos de obras como A Campânula de Vidro de Sylvia Plath ou Os Maias do Eça de Queirós – sendo um projeto muito abrangente ao qual dei o nome de Pássaros de Papel, estou a pensar em criar um livro de suspense e mistério com alguns componentes distópicos e pós-apocalípticos ainda sem nome e estou a juntar todos os poemas que já criei até hoje numa só obra: Fragmentação da Memória. E, infelizmente, não me sobra tempo para mais. É que existe um projeto em andamento há doze anos que tenho de meter em primeiro lugar neste momento: o “projeto-escola”! Além de ser escritora, poetisa, leitora, filha, amiga e irmã… eu também sou estudante e estou a acabar o meu último ano no secundário. E, se tiver de estabelecer prioridades, sei que tenho de colocar o “projeto-escola” em primeiro lugar.




Sinopse:

E se um atropelamento supostamente acidental subitamente mudasse tudo? 

E se todos os sonhos misteriosos se tornassem realidade?



L u t a r i a s  c o n t r a   o  R e n a s c i m e n t o ?



  Valentina Saroyan, indiscutivelmente tratada por “Nina”, tinha a vida realizada que qualquer adolescente normal de dezasseis anos poderia querer: amigos, um namorado, uma reputação, um futuro bastante promissor numa universidade de medicina e uma família feliz. No entanto, de um momento para o outro, toda a sua vida muda: é obrigada a mudar de cidade e a deixar os seus amigos e o seu namorado – e tudo o que demorou uma eternidade adolescente a construir – por causa do novo emprego da mãe, na cidade mais entediante do planeta: Great Falls – que por acaso também fica no estado mais limitado do país. 

Assim, terá que começar de novo: nova escola, novos amigos e até uma nova vida em família. No meio de tanta mudança, a última coisa que lhe passaria pela cabeça seria apaixonar-se… muito menos pelo primeiro dono do carro que lhe ia passando por cima logo no primeiro dia de aulas e que, por acaso, até seria da sua turma: Sam Hawkins. Sam descobre sentimentos que Nina nunca sentira e acabam por se apaixonar. Mas, como a maioria dos rapazes, Sam tem pequenos segredos que não quer que sejam desvendados e que assombram Nina. É que, passando toda a sua vida tentando ser normal e tentando integrar-se no meio da sociedade, como reagirá ela a mudanças tão drásticas que a introduzam no seio da mais intensa sobrenaturalidade? Ao fazê-lo, entrará ela na mais exigente luta contra o seu próprio renascimento?

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